Dicas para o processo de onboarding e treinamento de desenvolvedores remotos

Dicas para o processo de onboarding e treinamento de desenvolvedores remotos - workana blog

Na Workana, selecionamos cuidadosamente nossos devs da América Latina, mas sabemos que escolher o candidato “perfeito” é só o começo da história, porque, logo, chega a hora de dar início ao processo de onboarding, que é crucial para acelerar a integração do profissional no cargo, e alinhar as expectativas de ambas as partes.  

As empresas que investem em um bom processo de onboarding obtêm até o dobro da produtividade dos seus novos colaboradores. Do outro lado da moeda, não é nenhum segredo que é muito difícil reter um talento quando o vínculo empregatício já tem um início “traumático”. 

A importância de oferecer um bom processo de onboarding aos seus desenvolvedores

Não importa se você tem uma empresa grande ou pequena, nem se está começando uma startup 100% remota, ter um processo de onboarding integral e bem estruturado é fundamental, porque permite: 

  • Acelerar a curva de aprendizagem
  • Diminuir as probabilidades de erros que custam tempo e dinheiro
  • Melhorar a comunicação interna
  • Acelerar a integração completa com o equipamento
  • Definir expectativas de desempenho
  • Evitar atritos com a cultura organizacional
  • Reduzir a taxa de rotatividade e o estresse do novo colaborador

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Problemas mais frequentes nos processos de onboarding 100% remotos

Até 15% das novas contratações tech terminam em abandono por causa de problemas ou desentendimentos durante o processo de onboarding. 

De acordo com um estudo que teve a participação de mais de 200 desenvolvedores remotos contratados pela Microsoft, o onboarding à distância pode ser muito mais desafiador, tanto pela dificuldade de interagir com os colegas e entender as diretrizes tácitas da organização, como por questões relacionadas à disponibilidade de certos tipos de hardware e software.

De fato, 63% dos desenvolvedores remotos que participaram de uma pesquisa feita em 2019 afirmaram que o processo de onboarding das empresas nas quais tinham trabalhado deixou muito a desejar. E contrariando o que poderíamos supor depois do “boom” do home office durante a pandemia, em 2021, apenas 21% dos colaboradores remotos sentiram que tiveram um bom início na empresa.

Além disso, quase 50% dos devs entrevistados afirmaram que, um mês após assumirem um novo cargo, não se sentiam conectados com o resto da equipe. E de acordo com eles, estes problemas de integração se originaram, em grande parte, pela falta de interesse da empresa em criar oportunidades de team building.

dicas para o processo de onboarding de desenvolvedores remotos

7 boas práticas para integrar e treinar desenvolvedores remotos

De acordo com o GitLab, um processo de onboarding completo para um cargo de desenvolvedor leva de duas a três semanas. Porém, ao mesmo tempo, o colaborador pode ir se incorporando, pouco a pouco, às suas funções, sem ter, obviamente, aquela pressão de “mostrar tudo que sabe” nos primeiros dias… 

Um bom onboarding deve abarcar os aspectos técnicos, organizacionais e sociais. Isto é: como fazemos o trabalho, como nos comunicamos e como nos relacionamos na empresa. Tendo isso em mente, vejamos algumas boas práticas que vão te ajudar a não deixar nenhum aspecto de lado.

1.- Crie manuais visuais 

Poucas coisas agilizam tanto o onboarding como criar um manual de integração claro e intuitivo, que pode ser tão simples como um documento do Word ou tão complexo como um vídeo com atividades interativas e/ou ambientes de teste.

O mais importante é padronizar o processo desde o início e, acima de tudo, ter como prioridade os futuros colaboradores. Isto significa tentar ser o mais claro e específico possível, priorizando a comunicação visual com capturas de tela e exemplos em formato de vídeo, ao invés de parágrafos intermináveis com instruções escritas.

2.- Integre tudo no mesmo lugar e habilite ambientes de teste

Uma das maiores dores de cabeça para os novos colaboradores, principalmente em ambientes remotos, é que as informações necessárias para dar início ao trabalho estejam espalhadas por vários canais que eles ainda não conhecem e, às vezes, “escondidas” em arquivos que não são relevantes para sua função.

Portanto, a primeira coisa que você deveria fazer é decidir qual será a “porta de entrada”, onde seus novos devs poderão encontrar tudo que precisam para conhecer sua função e o que se espera do seu trabalho. Dependendo das ferramentas disponíveis, você pode simplesmente reunir todas estas informações em uma pasta personalizada na nuvem ou criar um processo de integração mais elaborado a partir de um LMS.

Embora nem sempre seja possível, o ideal é que haja também um ambiente de testes no qual o desenvolvedor possa começar a trabalhar, sem correr o risco de cometer algum erro que prejudique o fluxo da equipe, e sem ter a necessidade de fazer um micromanaging. Lembre que é melhor deixar o novo colaborador avançar com a maior liberdade possível e, logo, proporcionar um feedback durante o mesmo período de onboarding.

Fazendo isso, você também ajuda a diminuir bastante o estresse que as chances de erro e os deadlines do dia a dia podem causar nos desenvolvedores.

3.- Faça uma check-list

Uma check-list é útil para você poder verificar rapidamente se os seus colaboradores já fizeram as atividades introdutórias que lhes correspondiam, e também ajuda cada colaborador a compreender o panorama global do seu onboarding, ou seja, todas as áreas com as quais tem de se familiarizar. 

Confira alguns pontos que não podem faltar na sua check-list: 

  • Teoria e prática: por exemplo: revisar o manual de estilo de código e fazer um teste.
  • Compreender diferentes fluxos de trabalho e ser capaz de responder adequadamente a perguntas como: quais são nossos próximos passos após terminar um sprint?
  • Ter à mão os contatos das pessoas a quem devem recorrer para tirar dúvidas sobre diversos assuntos.
  • Cumprir todos os requisitos de segurança de TI.
  • Verificar se o hardware e o software corretos estão sendo usados.
  • Revisar o documento colaborativo das FAQ’s.
  • Ler o manual de comunicação interna e o regulamento de comportamento

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4.- Não deixe de lado a cultura organizacional

Dentro do processo de onboarding, deve ficar claro quais são as políticas de comportamento desejadas/esperadas ao interagir com outras pessoas, qual tom pode ser usado para dar feedback (e qual não), quais são os valores gerais que norteiam tudo o que fazemos, etc.

A cultura organizacional também engloba questões mais “sutis”, como os horários propícios ou aceitáveis para estabelecer comunicação e enviar entregas; exemplos de como gostamos de resolver controvérsias ou conflitos pessoais; e o nível de disponibilidade que se espera dos colaboradores em momentos de crise ou imprevistos .

5.- Atribua um mentor a cada novo colaborador  

O mentor do seu novo desenvolvedor pode ser outro desenvolvedor com o mesmo cargo/função, mas que tenha um pouco mais de experiência e tempo trabalhando na equipe. 

Recomendamos dar preferência a uma mentoria peer to peer voluntária, ou seja, cada vez que você precisar integrar um novo colaborador, pergunte aos membros da sua equipe quem gostaria de acompanhá-lo durante o processo de onboarding.  

6.- Crie um documento colaborativo de FAQ´s

Uma das piores práticas que, infelizmente, está amplamente difundida nas empresas, é o “costume” de estabelecer metodologias ou resolver problemas sem deixar um registro escrito e disponível para todos os membros da equipe.

Independentemente da sua grande utilidade no processo de onboarding, trabalhar em um documento colaborativo de FAQ’s e atualizá-lo constantemente é uma ótima forma de reunir e sintetizar as informações mais importantes para os colaboradores, assim como agilizar os processos.

Tenha em mente que muitas dúvidas que os novos colaboradores costumam ter podem ser rapidamente esclarecidas, tendo um documento que resume a “sabedoria ancestral” dos seus colegas que enfrentaram e superaram os mesmos desafios.

7.- Conheça melhor o seu novo talento 

Além de dar as boas-vindas “de lei” com todos os membros da equipe, é muito importante que você dedique tempo para conhecer cada colaborador e entender seu contexto, seu estilo de trabalho preferido, as experiências e situações pessoais que podem motivar ou dificultar um bom desempenho, etc.

Você precisa se acostumar com o fato de que um processo de onboarding não se trata apenas de responder perguntas, mas também de fazê-las. Por exemplo: você se sente mais confortável com um estilo de liderança mais próximo ou prefere ter mais autonomia? Como você descreveria sua metodologia de trabalho diária?

Lembre que um bom processo de onboarding é tão importante quanto um bom recrutamento. Nem todos os desenvolvedores vão ter um match perfeito com sua cultura organizacional desde o início, então, a melhor maneira de complementar um ótimo plano de “boas-vindas” é apostar em uma boa ferramenta de contratação.

Na Workana, te ajudamos a encontrar o dev dos seus sonhos ou formar uma equipe de desenvolvimento com todas as habilidades técnicas que você procura. Além disso, oferecemos um teste de 7 dias sem risco nenhum, para que você possa conhecer o trabalho de cada candidato antes de prosseguir com a contratação.

¿Pronto para dar o próximo passo?

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