Carlos Henrique Silva: Como criar um aplicativo com êxito

Entrevistamos o Carlos Henrique Silva, gerente de projetos na B9Corp. A empresa investe em produtos relacionados ao mercado digital, e atualmente é a maior do Brasil nessa área. O seu trabalho abrange desde a parte de análise de viabilidade até a produção e distribuição dos produtos.

foto carlosA empresa trabalha patrocinando e desenvolvendo projetos relacionados ao mercado digital, e administra tudo à distância.  Nessa entrevista, Carlos nos conta como funciona o processo de desenvolvimento de um aplicativo e dá algumas dicas muito valiosas para ajudar na gestão de projetos como esse.

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W: Qual é o primeiro passo para desenvolver um aplicativo?

C: Nenhum projeto é desenvolvido sem ter um mockup, que é gerenciado e acompanhado de perto pelo cliente ou por alguém encontrado especificamente para isso. Utilizamos a ferramenta pencil.

Esse mockup é desenvolvido de forma a ser funcional, ou seja, com botões reativos e interações com o usuário. Porém, nesse primeiro momento não há programação, nem integração com banco de dados ou redes sociais, assim como não fazemos o design definitivo, apenas um esboço.

W: Por que vocês trabalham dessa forma?

C: O mock-up tem um custo muito menor e nos permite testar as funcionalidades imaginadas. Assim, se houver a necessidade de fazer alterações (o que sempre ocorre), não há dificuldades, pois a programação ainda não foi iniciada. Isso reduz muito os custos e permite começar o desenvolvimento já sabendo que o produto final tem boa usabilidade.

W: E como vocês fazem esses testes?

C: Levamos esse protótipo até os usuários finais e pedimos para que testem o produto. Normalmente essa fase de testes leva de 15 a 30 dias. Recolhemos o feedback dos usuários e fazemos alterações de acordo com isso, tudo antes de o desenvolvimento começar.

Desenvolvemos um aplicativo para o Grêmio, por exemplo. Nesse caso, tínhamos 10 celulares que distribuímos entre 3 torcidas organizadas. O protótipo foi desenvolvido com o pencil e só tinha funcionalidades, sem integração com banco de dados, sem uma única linha de código.

Também entrevistamos entre 2000 e 4000 pessoas do nosso público-alvo para saber qual modelo de celular utilizam, e a versão do Android ou iOS utilizada. Perguntamos se o cliente utiliza Paypal ou Pagseguro, por exemplo. De nada adianta desenvolver um produto se na hora da venda o seu cliente não tem a ferramenta para efetivar a compra. Ter essas informações antes de iniciar o desenvolvimento é primordial.

W: Depois dessa fase de testes, o desenvolvimento começa?

C: Depois dos testes, já sabendo como queremos o produto final, eu divido o trabalho em módulos. Nesse aplicativo sobre o qual falei, trabalhamos com 4 módulos: Template e navegação, Redes sociais,  Módulo Comercial (compras) e Integração (integração dos outros módulos).

Cada módulo é desenvolvido por um profissional diferente, que não conhece o produto integralmente. Isso nos ajuda quanto à confidencialidade do trabalho.

W: E como você seleciona os profissionais para o trabalho?

C: Como dono do projeto você deve experimentar, não pode ter medo de investir. É necessário fazer pequenas pílulas de desenvolvimento.

Um módulo de cadastro de usuários, por exemplo, é bastante complexo, mas o componente de busca de CEP, que é parte desse módulo, é uma funcionalidade bem mais simples. Eu contrato então um profissional para desenvolver apenas essa parte. Gasto pouco e posso testar o comportamento do profissional, sua reatividade, sua capacidade de documentar o que faz. Se a experiência funciona, contrato o profissional para realizar o módulo todo.

Também analiso o perfil técnico dos profissionais interessados e faço perguntas relativas a trabalhos anteriores, para me certificar de que o portfólio apresentado é verídico; 5 ou 6 perguntas bem direcionadas normalmente são suficientes.

W: Depois da contratação, como você administra e controla o trabalho dos profissionais? Você utiliza alguma ferramenta para isso?

C: Os desenvolvedores documentam o trabalho realizado no Bithub, e não se comunicam entre si. Contrato também um profissional para integrar o código desenvolvido pelos diferentes profissionais  e montar o projeto de acordo com a minha orientação. Esse profissional também pode postar suas dúvidas no Bithub.

A capacidade de documentar o trabalho realizado é essencial, e permite que tudo seja administrado à distância.

W: Por que vocês decidiram trabalhar com a Workana? Como está sendo a experiência?

C: A Workana possibilita um controle de nossos projetos, tanto de valor como para manter um histórico do que foi realizado.

Em pouco tempo recebo muitas propostas, e não tenho a necessidade de manter uma equipe de desenvolvedores, o que não é o objetivo principal de nossa empresa. Nosso board aprovou a Workana como parceira de desenvolvimento, e agora esse é o nosso padrão de trabalho.

Autora: Gabrielle Lopes, Customer Success Manager na Workana, jurista, poeta e cantora aos finais de semana.

 

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