Estamos comemoramos este dia ao lado de um grande profissional, freelancer e músico que nos contará sua história e tudo o que ele pensa sobre a música neste cenário mundial que estamos vivendo. Com vocês, Mario Benitez:
Eu gostaria de contar uma história que o tempo nunca apagou, pelo menos para mim…
Aconteceu em uma tarde bonita e quente, no dia 22 de novembro de 1972. Eu tinha dez anos e estava com minha guitarra no ombro, pois tocaria na casa dos meus professores de música, o casal Perez. Era um grupo de pais e alunos reunidos para comemorar pela primeira vez: “O Dia da Música”. (Para aqueles que não sabem, esse dia foi escolhido em homenagem ao martírio de Cecilia de Roma ou Santa Cecilia que ocorreu em 22 de novembro de 230 d.C. e posteriormente foi nomeada como a padroeira dos Músicos pela Igreja Católica) .
Obviamente, eu não me lembro de tudo o que aconteceu exatamente naquela tarde, pois já se passaram muitos anos, mas sei que todos os alunos tocaram algo. Eu, por exemplo, toquei “La Lágrima” de Francisco Tárrega e depois disso, comemos bolo, bebemos refrigerantes e rimos muito. De repente, houve um silêncio e minha professora Adelina parou, olhou seriamente em nossos olhos e disse algumas palavras que na época eu não entendia. Mas que ao longo dos anos, ficaram gravadas em minha mente e coração para sempre…
-Meninos, nunca se esqueçam que:
“A MÚSICA COMO ARTE: ENOBRECE E EMBELEZA, MAS COMO PROFISSÃO: EMBRUTECE E EMPOBRECE”
Os anos se passaram, eu me tornei professor e continuei estudando dentro e fora do meu país. Eu percorri uma longa e dura estrada (como diria Paul McCartney) que não foi nada fácil mas que, por sua vez, abriu as portas do mundo para mim, me permitiu conhecer e tocar com pessoas incrivelmente talentosas e excepcionais, além de compor música para várias empresas internacionais.
No entanto, naquele Dia da Música em 1972, aprendi o mais importante sobre ser um músico e que eu nunca me esqueci: Ser músico, tocar um instrumento, seja ele acústico, elétrico, eletrônico ou digital deveria ser sempre como criar uma obra de ARTE. Afinal apenas a ARTE, te enobrece e te enriquece como ser humano…
Quando alguém me pergunta: Ah… você é músico, e o que você toca? Eu respondo: “A alma das pessoas”.
Como é viver para, pela e da Música
Como funciona a indústria da música para um compositor?
O Conceito de Arte refere-se a qualquer atividade ou produto feito com um propósito estético, comunicativo e através do qual são expressas idéias, emoções ou uma visão singular do mundo. Por outro lado, quando lemos, INDUSTRIAL MUSICAL (e convido o leitor a procurar no Wikipedia a definição do termo “INDÚSTRIA”), isso nos leva a um conceito radicalmente oposto: ARTE e INDÚSTRIA não andam de mãos dadas. Portanto, concatenar a indústria musical com ARTE, é como querer fazer um camelo atravessar pelo buraco de uma agulha, não é uma tarefa simples nem fácil, mas o músico está sempre se esforçando e buscando equilíbrio, tentando sobreviver. Ainda mais, nessa esfera onde se paga mal e sempre abaixo do valor de mercado.
Podemos dizer que um músico também é um freelancer? Por quê?
Um músico é a sua própria empresa. Ele é um freelancer pelo simples fato de querer o que todo artista quer: que o seu trabalho transcenda o tempo e o espaço. Se ele faz apenas pelo dinheiro, se torna um fenômeno social do momento e sua “arte” não dura.
Como uma plataforma como a Workana te ajuda a conseguir mais trabalhos?
Bom, é muito útil… Une ambas as partes. Alguém precisa de um artista e um profissional é oferecido para ele. Simples assim!
Você acha que ter presença online é importante para um músico?
Uma das principais diferenças entre Mozart e Beethoven, além da música que compuseram, é que o primeiro morreu na pobreza, enquanto o segundo na riqueza, ambos eram gênios e prodígios, excelentes músicos e compositores. No entanto, o Beethoven se tornou popular graças à invenção mais importante da sua era: A IMPRENSA de GUTENBERG. É por isso que seu “Für Elise” ou “Para Elisa” foi tocado em todo o mundo. E ele cobrou royalties por cada impressão vendida…
Hoje, temos algo igual ou maior do que a imprensa: A INTERNET, não só com letras, mas também com vídeo, áudio, dados e streaming. O artista que não está dentro desta revolução, ficará limitado a transmitir seu trabalho como o pobre Mozart antes da invenção da imprensa.
Como um músico se vende?
Para divulgar seu trabalho, o artista deve usar todos os recursos disponíveis à sua disposição, não basta apenas tocar em bares e/ou teatros. Hoje em dia, o músico tem que usar as redes sociais e, especialmente, os portais e sites para esse fim. Eu, por um lado, me cadastrei na Workana e está sendo muito útil e benéfico para mim.
Eu quero mandar um abraço para toda a equipe da Workana e aos verdadeiros músicos, artistas que todos os dias em seu baluarte musical tentam tornar o mundo em um lugar melhor.
Mario Benitez, músico e freelancer de Design e Multimídia na Workana.
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