A pandemia acelerou exponencialmente a já imparável transformação digital no mundo inteiro. Esta aceleração, gerada pela criação e adoção massivas de novas tecnologias, produtos e serviços durante a quarentena, teve um impacto profundo no mercado de trabalho de TI, ao qual milhares de empresas ainda não conseguiram se adaptar.
Nos países desenvolvidos, a demanda por profissionais qualificados “explodiu” em um ritmo que supera (e muito!) a disponibilidade local de talento. As oportunidades de trabalho na área de TI continuam crescendo e, a cada ano, se acumulam mais vagas sem preencher.
Em dezembro de 2020, calculava-se que a escassez geral já era de mais de 40 milhões de profissionais. Este número deve chegar a 85 milhões até 2030, de acordo com o US Labor. Ano após ano, as empresas enfrentam o risco de perder até $8.5 trilhões de dólares pela carência de talento qualificado.
Só nos Estados Unidos, o número de vagas abertas para desenvolvedores, em 2022, já chega a 1.8 milhões.
Em um estudo realizado pela Gartner, 63% dos empregadores consultados afirmaram que a falta de talento tecnológico cria obstáculos complicados. O principal, segundo eles, é a dificuldade de competir e inovar com outras empresas, a qual, somada ao aumento dos custos e a substancial perda de lucros, os leva a colocar este fenômeno entre as suas cinco principais preocupações.
Como se isso não bastasse, o processo de contratação de desenvolvedores é até 50% mais lento em comparação com outros cargos. Para as empresas, essa “lentidão” custa muito caro, pois chegam a perder até US $680 em lucros a cada dia que passa. E levando em consideração que o tempo médio para encontrar um bom candidato é de 66 dias, o prejuízo pode ser de até $45.000 dólares.
Devs e talento TI na América Latina
A demanda sem precedentes dos últimos anos claramente causou, em quase todas as potências tecnológicas, uma escassez de desenvolvedores locais com as habilidades requeridas e uma pretensão salarial acessível. Consequentemente, a terceirização (ou outsourcing) se tornou uma necessidade de primeira ordem e, com ela, a expansão do pool de talentos para além dos limites territoriais/geográficos.
Hoje em dia, 40% dos recrutadores que trabalham com agências de talentos já estão ampliando suas pesquisas para o âmbito internacional. E cada vez menos vagas se dedicam exclusivamente a desenvolvedores locais ou que trabalhem de forma presencial.
Em anos anteriores, a terceirização internacional de talentos de TI se concentrava na Índia e em outras regiões asiáticas. Porém, esta tendência de recrutamento já está migrando para outras áreas, como o Leste Europeu e, principalmente, para a América Latina.
Atualmente, Brasil, México e Argentina lideram o “ranking” de países latino-americanos com mais desenvolvedores qualificados. Além disso, os devs da América Latina oferecem uma vantagem “extra” para as empresas americanas, porque trabalham no mesmo fuso horário ou com uma diferença de menos de quatro ou cinco horas, o que simplifica muito a colaboração e o trabalho remoto.
Qual é o cenário realista do talento TI para as empresas de tecnologia?
Nesse cenário de aparente escassez, quando olhamos apenas para o âmbito local, os salários dos desenvolvedores dispararam e o orçamento das empresas para recrutá-los também disparou. De acordo com uma pesquisa, só entre 2021 e 2022, 53% dos empregadores aumentaram seus investimentos nesse quesito e, mesmo assim, a metade afirma que ainda enfrenta dificuldades para preencher todas as suas vagas.
Atualmente, desenvolvedores e analistas de países desenvolvidos ganham em torno de US $110.140 por ano, ou o equivalente a US $53 por hora. Enquanto isso, os desenvolvedores latino-americanos trabalham com taxas/tarifas em torno de US $25 por hora. E não estamos falando apenas de profissionais com formação universitária e pós-graduações, porque as empresas estão se tornando cada vez mais flexíveis e a própria demanda as leva a priorizar habilidades práticas ao invés de diplomas acadêmicos.
O fato de que mais da metade dos recrutadores seniores em grandes empresas na área de TI estão eliminando a exigência de ter um diploma (e um número maior ainda já se anima a prescindir do currículo tradicional) é algo sem precedentes e deixa transparecer uma mudança importantíssima nos critérios de seleção .
Porém, isso não significa que a seleção se tornou mais “fácil” ou que os recrutadores estão mais “frouxos”, e sim que a própria forma de aprender está se modificando. De fato, 87% dos desenvolvedores admitem ter aprendido uma nova linguagem de programação, framework ou ferramenta de forma 100% autodidata e/ ou remota, sem ter a necessidade de fazer um curso “formal”.
Hoje em dia, não importa mais o quê ou onde você estudou, porque o mais importante é a capacidade que você pode demonstrar. Talvez por isso, 77% dos desenvolvedores preferem ser avaliados para uma vaga através de um teste prático com objetivos de programação (como fazemos na Workana), e não por uma simples entrevista ou um currículo tradicional.
Cabe ressaltar que 70% preferem trabalhar de maneira 100% remota, pela possibilidade de colaborar com empresas internacionais, ou até como nômades digitais.
Conclusão?
Há uma enorme disponibilidade de talento TI na América Latina, totalmente qualificado, bilíngue, disposto a trabalhar no mesmo fuso horário da sua empresa, por preços que chegam a ser a metade dos recrutamentos locais, e oferecendo um trabalho de altíssima qualidade.
Se sua empresa ainda não começou a explorar esse valioso recurso porque é algo completamente novo para vocês, chegou a hora de entrar em contato com a gente. Na Workana, montamos seu dream team de devs exclusivamente com talento curado que cumpre os mais altos padrões de qualidade.
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