Equipe: Como identificar o potencial de cada membro

Como líder de uma equipe, é importante saber como conseguir que a sua equipe funcione em sinergia para entregar um trabalho de ótima qualidade no prazo correto. Porém, também é fundamental aprender a identificar o potencial de cada um dos seus colaboradores para aproveitá-lo, desenvolvê-lo e nutri-lo.

Todo membro da sua equipe é um aliado que pode aportar mais do que você imagina, e não apenas graças à sua trajetória como profissional, seus conhecimentos e talentos. Para descobri-lo, é necessário promover uma dinâmica de trabalho na qual todos possam se expressar, florescer e se destacar da melhor maneira. Provavelmente, você já sabe que uma equipe é muito mais do que a soma das suas partes. Mas estas partes são indiscutivelmente o pilar de tudo.

No artigo de hoje, vamos nos aprofundar em uma ferramenta metodológica que te ajudará a alcançar mais e melhores resultados e te daremos cinco conselhos pontuais para colocá-la em prática. 

Learning Agility: um conceito revolucionário para pensar nas funções

O Learning Agility é um conceito relativamente novo que pondera a capacidade de aprender e de se adaptar. E é assim que essa agilidade (de forma composta) se torna crucial, ganhando a mesma (ou até mais) importância que os diplomas, o tempo de experiência ou a área de especialização de cada profissional.

Aplicada em equipes dinâmicas de trabalho, a metodologia e os pilares do learning agility servem para identificar o talento de alto potencial. Ou seja, perceber quais colaboradores mostram uma grande capacidade de aprender de maneira rápida, fluida e adaptável, e conseguem utilizar esta característica para otimizar seus resultados, gerando benefícios tanto para a empresa, como para ele mesmo. 

Os pilares do Learning Agility são:

  • Autoavaliação (Self-awareness): Significa ter consciência sobre nossas próprias fortalezas e debilidades, já que este é o primeiro passo para descobrir que habilidades podem jogar a nosso favor e quais devemos nos esforçar ativamente para obter.
  • Mente Ágil (Mental agility): A agilidade mental é a capacidade de captar, interpretar e utilizar adequadamente a informação disponível em cada momento. Assim como um músculo, a agilidade mental deve ser cultivada e treinada regularmente para alcançar seu máximo rendimento. Porém, devemos reconhecer que, naturalmente, algumas pessoas tendem a ser mentalmente mais ágeis que outras. 
  • Pessoas (People): Aprender a interagir adequadamente com o todo também é um dos pilares do learning agility, pois nos permite identificar que papel devemos ocupar dentro de uma equipe de trabalho para obter os melhores resultados individuais que desejamos. 

Geralmente, as maiores conquistas são realizadas em equipe!  Mas isso não significa apenas reconhecer as pessoas chave com as quais precisaremos competir. Também é indispensável aprender a identificar com quem precisamos trabalhar em sinergia para alcançar objetivos comuns.

  • Mudanças (Change): A capacidade de antecipar mudanças, adaptar-se a elas e até provocá-las é uma marca registrada das pessoas e das equipes de trabalho bem sucedidas. Um profissional com alto potencial é aquele que ocupa um papel de “ponta de lança” (ou flecha) e atinge as outras pessoas com seu entusiasmo e determinação, motivando-os a continuar caminhando rumo a cenários cada vez mais ambiciosos e formas mais eficientes e produtivas de trabalhar.
  • Resultados (Results): Este último pilar está relacionado com a capacidade de visualizar os objetivos desejados e orientar todos os esforços e a concentração até a sua realização. Muitas pessoas com alto nível de agilidade mental não possuem esta característica, porém, tem motivação suficiente para manter-se na direção correta até conquistar grandes metas. Por isso, a orientação ao sucesso ou o trabalho por objetivos é parte fundamental do Learning Agility.

Como utilizar estes conceitos no dia a dia para identificar o potencial de cada membro da sua equipe? Se você lidera um grupo de profissionais, lembre-se de colocar sempre em prática os cinco conselhos a seguir que irão fomentar um ambiente de trabalho ideal para descobrir quais colaboradores se mostram  motivados para adaptar-se e aprender.

1.- Conheça sua trajetória

Quando uma pessoa se integra à sua equipe, normalmente, já passou por um processo seletivo, no qual demonstrou possuir os conhecimentos específicos e habilidades necessárias para assumir o trabalho para o qual foi recrutada. Mas o que você sabe sobre a trajetória desse novo colaborador?

Talvez, se trate de um redator comercial que também possui conhecimentos profundos de psicologia do consumidor e neurolinguística. Ou de um programador que é excelente organizando dinâmicas de grupo, mas não teve a oportunidade de mencionar ou demonstrar essa habilidade durante um processo seletivo tradicional. 

Portanto, mesmo depois de estabelecer um vínculo de trabalho, é uma ótima ideia procurar saber mais sobre as habilidades adicionais dos seus colaboradores, estimulando-os a demonstrá-las e desenvolvê-las. Lembre-se que você nunca saberá exatamente quando poderá dessas habilidades ou de novas ideias para complementar seus projetos.

2.- Compartilhe sua meta e sua visão

Para que os profissionais entendam onde você quer chegar e possam te ajudar a conquistar suas metas, é fundamental criar o hábito de compartilhar com eles a sua missão, a visão e a filosofia da sua empresa ou do seu negócio.

Desta forma, eles não se sentirão obrigados a entregar apenas o trabalho que foi acordado previamente. Muito pelo contrário: ao se identificar com a sua cultura organizacional e seus objetivos em um nível mais humano, sempre oferecerão uma ‘dose extra’ de criatividade e compromisso em cada projeto. E isso te ajudará a identificar mais facilmente o potencial de cada colaborador, que vai além do trabalho imediato ou pontual.

3.- Identifique suas motivações e suas paixões

Além de conseguir uma remuneração, verifique o que motiva seus colaboradores a trabalhar na área em que escolheram:

  • O trabalho que realiza é realmente sua paixão ou não passa de uma saída econômica?
  • Em que projetos pessoais estão investindo seu tempo e por quê?
  • Como você pode conseguir que eles colaborem com você em algo que os motive a nível pessoal?
  • Que treinamentos ou cursos estariam dispostos a fazer para melhorar a qualidade do trabalho que oferecem?

Quando você consegue compreender qual é o motor principal de cada colaborador, torna-se muito mais simples integrá-los corretamente à visão a longo prazo do seu empreendimento. Porque desta forma, você pode vincular as motivações pessoais de cada colaborador com os propósitos da sua empresa, criando uma relação de benefícios mútuos que vai além da remuneração.

4.- Motivá-los a ter propósitos

Procure profissionais que não se conformam em fazer apenas o que você diz! Mas lembre-se também de fomentar sempre um ambiente de trabalho no qual todos se sintam confiantes para propor ideias, melhorias e novos projetos que estejam em sintonia com as metas e objetivos empresariais. 

Talvez, os recursos necessários para iniciar todas as idéias vão surgindo nem sempre estarão disponíveis de forma imediata. Porém, elas têm um grande valor por si só, mesmo que seja preciso esperar um pouco para implementá-las. Não esqueça que estas ideias podem servir como uma bússola que te ajuda a perceber para onde você deveria ou gostaria de orientar as suas próximas estratégias de desenvolvimento.

Basicamente, é bem parecido a contratar uma assessoria de crescimento permanente, mas você não precisa assumir custos adicionais. E ainda conta com o benefício ‘extra’ de saber que sua equipe se sentirá mais valorizada por poder se envolver nesses processos. 

5.- Identifique os seus  “Soft Skills”

Além de conhecimentos e habilidades específicas relacionadas com nossa área de trabalho, todos temos as chamadas “soft skills”. Estas qualidades humanas são extremamente valiosas, independente do tipo de trabalho que realizamos. Porém, se tornam ainda mais críticas e necessárias em determinados contextos.

Alguns exemplos de soft skills são: a liderança, a capacidade de trabalhar em equipe, uma boa comunicação para expressar exatamente o que queremos e de evitar ou instigar conflitos, de planejar a longo prazo ou de administrar bem o tempo.

Quando você conhece as Soft Skills individuais dos seus funcionários, torna-se muito mais fácil oferecer a cada um deles o papel adequado dentro da equipe. Com o tempo e a convivência, você conseguirá descobrir muitas outras habilidades socioemocionais, mas também poderá aplicar a psicometria e as dinâmicas de grupos para identificá-las quase imediatamente. 

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