Se o trabalho freelancer não estivesse abrindo caminho de forma ímpar no mundo do trabalho, talvez na Workana não tivéssemos conquistado – desde 2012 quando começamos – a somar mais de dois milhões e meio de profissionais independentes e mais de um milhão de projetos publicados em nossa plataforma.

De fato, praticamente todos os clientes e empresas que se abriram ao trabalho remoto (97%) estão convencidos de que, nos próximos cinco anos, esta forma de trabalhar continuará crescendo. Além disso, se estima, em 2020, até 70% da força de trabalho terá a possibilidade de trabalhar remotamente, com mais de vinte milhões de dispositivos inteligentes disponíveis em lugares e negócios.

Queremos saber exatamente em que ponto da transição ao novo paradigma de trabalho nos encontramos, bem como identificar qual é o impacto da tecnologia e das ferramentas digitais na gestão do trabalho freelance, tanto para os profissionais independentes como para as empresas.

Por isso, focamos nosso Relatório Workana 2019 na busca e investigação, com o objetivo de descobrir se realmente as empresas e os freelancers estão preparados para uma transformação digital. Quem está mais preparado? Existe uma brecha entre ambos? Neste artigo, exploraremos alguns pontos que acreditamos serem os mais reveladores.

A atual relação entre freelancers e empresas/empreendedores

As empresas e os empreendedores estão confiando cada vez mais no talento independente e o talento independente encontra cada vez mais ferramentas para conseguir clientes e projetos que se adaptem a sua experiência e aos seus interesses, mas a brecha ainda é considerável.

Na Workana, a relação entre freelancers e clientes é de aproximadamente 10: 1. Isso significa que os freelancers já entenderam os cenários que o futuro nos apresentará, mas ainda há um longo caminho a percorrer do lado dos potenciais empregadores. Nesse panorama, as maiores oportunidades serão para as empresas que já estão começando a considerar novas alternativas ágeis de trabalho, pois existe um mundo gigantesco de talento que está só esperando um voto de confiança para demonstrar os incríveis resultados que pode oferecer.

Também existe uma diferença clara entre os perfis dos freelancers e as necessidades das empresas. Por exemplo: enquanto 49,8% dos clientes estão buscando profissionais dentro da categoria TI & Programação, apenas 19,3% dos freelancers oferecem serviços nessa área. 

Na área de Design e Multimídia, a demanda é de 24,8% e a oferta é de 22,9%; e para Marketing e Vendas, a relação é de 11,9% para 9,8%. Porém, na categoria Tradução e Conteúdos, encontramos uma das maiores brechas, já que 22,9% dos profissionais se dedicam a essa área e a demanda dos clientes é de apenas 13,8%.

Quão preparadas estão as empresas para abraçar o trabalho freelancer?

De acordo com 90% dos clientes entrevistados, a tecnologia teve um impacto considerável no desenvolvimento de suas empresas. E a grande maioria se sente preparada para se manter competitiva frente ao impacto da inovação tecnológica (67,4%), incluindo as mudanças nos métodos tradicionais de gestão de recursos humanos.

Do outro lado da moeda, 65% também acreditam que uma parte ou toda sua equipe de trabalho ainda está em processo de adaptação a essas mudanças, precisando receber treinamento para aprender a lidar com elas.

As empresas também estão começando a confiar tanto no trabalho freelance, que a maioria delas acessa ao talento independente como uma forma de obter apoio externo especializado para estarem focados nas necessidades do negócio, tarefas importantes ou para realizar projetos pontuais que, antes, costumavam requerer muito tempo.

Hoje em dia, muitas empresas já conseguem superar a perspectiva mais “tradicional” e encontram, neste tipo de talento descentralizado, uma forma de ampliar e diversificar suas capacidades. Porém, existe uma parcela significativa de potenciais clientes que ainda não se atreveram a dar o primeiro passo. De fato, 70% dos clientes começaram a contratar freelancers há pouco tempo, por isso, também estão atravessando um estágio de transição.

Quão preparados estão os freelancers para o futuro tecnológico?

Assim como os clientes, os profissionais reconhecem que a tecnologia mudou completamente a forma de trabalhar. Para muitos, a tecnologia em si é o que torna possível o desenvolvimento do trabalho como freelancers. Boa parte dos freelancers entrevistados opina estar bastante capacitado e atualizado, mas um pequeno percentual sente que precisa se capacitar um pouco mais. Igualmente, a grande maioria tem um olhar muito otimista em relação às suas próprias capacidades tecnológicas.

Embora os problemas de comunicação continuem sendo um dos principais medos das empresas que querem trabalhar de forma remota, aproximadamente 80% dos freelancers afirmam conseguir se comunicar sem dificuldades utilizando ferramentas digitais. Outras vantagens que a tecnologia oferece a eles são:

• Acesso a novas ferramentas que tornam os processos mais simples, eficientes e ágeis, aportando muito valor agregado ao seu trabalho.
• Mais e melhor acesso à informação, o que facilita o aprendizado, a capacitação e a troca de ideias.
• Mais oportunidades de trabalho e possibilidades de atingir mais clientes.
• Possibilidade de trabalhar em diferentes lugares do mundo inteiro.
• Melhor qualidade de vida e mais equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal.

Os freelancers também estão conscientes de que precisam se capacitar e se profissionalizar permanentemente para estarem sempre atualizados com as últimas tendências. Por isso, pelo menos 73,4% utilizaram, em 2019, alguma plataforma digital ou de e-learning para continuar aprendendo.

Quase todos os entrevistados (98,6%) acreditam que as transformações tecnológicas geram cenários positivos para o seu trabalho no futuro e que sentem-se preparados para enfrentarem este panorama. Mas em sua opinião, ainda faz falta que as empresas comecem a confiar mais na tecnologia e no trabalho remoto, como que os números de nosso relatório demonstram esta percepção.

O papel da tecnologia na transformação do paradigma do trabalho

É inegável que com a democratização das ferramentas digitais, cada vez mais profissionais tenham a possibilidade de trabalhar por conta própria e ao mesmo tempo as empresas possam somar talentos sem que o fator geográfico ou os horários representem um impedimento ou algo impraticável.

“Praticamente todos os freelancers consultados (98%) acreditam que o uso de meios online aumenta as possibilidades de conseguir este tipo de emprego e preferem trabalhar remotamente. De fato, mais de 90% destes profissionais utilizam meios online e 63,2% os usam com maior frequência do que os meios offline.”

Para 66% das empresas, os últimos cinco anos foram críticos em termos de transformação tecnológica, e a mesma teve um impacto muito considerável principalmente nestas três áreas: Desenvolvimento de Sistemas, Marketing Digital e Gestão do Talento Independente. E embora a grande maioria esteja confiante a seguir por um bom caminho até a digitalização, ainda existe uma distância considerável a ser preenchida, especialmente no que se refere à integração do talento independente no dia a dia.

Quais são as vantagens que freelancers e clientes encontram em plataformas digitais como Workana?

Talvez, o fator definitivo que impulsionou a crescente tendência do trabalho remoto tenha sido as plataformas digitais que conectam freelancers aos clientes. De fato, para 70% dos freelancers e 60% dos clientes que usam talentos independentes, essas plataformas são uma ferramenta excelente ou muito boas para atender todas as suas necessidades. E quando falamos especificamente sobre a Workana, vemos que o nível de satisfação total do cliente aumenta para surpreendentes 86%.

Os freelancers valorizam especialmente:

• A segurança de receber seus pagamentos;
• A possibilidade de acessar clientes facilmente;
• Um aumento considerável na quantidade de projetos que conseguem;
• Gerar contatos e networking com clientes de suas áreas de atuação.

E os clientes:

• A grande variedade de propostas em um mesmo site;
• A simplificação e a segurança no processo de pagamento;
• A possibilidade de se aproximar de profissionais capacitados para projetos pontuais.

Conclusão:

Tudo parece indicar que os freelancers estão prontos para entrar com tudo para o futuro do trabalho. O GAP ou a brecha ainda é mais forte nos clientes, que ainda não confiam totalmente ou estão convencidos que em suas empresas possam existir a necessidade de mover-se para territórios mais ágeis.

Sem dúvidas, também está claro que se trata de uma etapa de transação, porque cada dia mais profissionais e empresas abraçam este paradigma de trabalho, parcial ou totalmente. A missão, então, é colocar nosso grão de areia para que esta transformação aconteça de forma mais acelerada e cheia de benefícios para todos.

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