O trabalho independente vem crescendo a passos gigantes: é um fato. A pergunta que cabe aqui é: por que ainda continua havendo resistência de alguns setores? Por que não apoiam os empreendimentos unipessoais e começam a aceitar a ideia de que o trabalho tradicional está em declive?
As cifras de crescimento do trabalho autônomo são contundentes. Cada vez mais freelancers e empreendedores se jogam para ir atrás dos seus sonhos. Claro que a aventura de “voar sozinho” também pode gerar certas dúvidas, como as que Robert Reich mostra. Em seu artigo titulado “The Everything and the Redistributional Imperative”, Reich adverte que hoje em dia é possível vender um produto a centenas de milhões de pessoas sem precisar que muitos trabalhadores o produzam ou distribuam (se é que precisa de algum). Exemplos disto: um de seus próprios amigos, que criou uma máquina capaz de encontrar partículas de certos elementos no ar utilizando uma impressora 3D em sua garagem… e depois vende o dispositivo online. Hoje em dia, o negócio depende exclusivamente DELE. Outro exemplo? Quando o Facebook comprou o WhatsApp por USD 19 mil milhões no ano passado, o WhatsApp tinha 55 empregados trabalhando para 450 milhões de usuários… Reich enfatiza que o seu amigo é parte de uma tendência em crescimento, na qual é necessário cada vez menos pessoas para levar uma empresa adiante. E conclui que isto levará a um declive do emprego tradicional, por isso devemos pensar em um novo modelo econômico, no qual se redistribua a riqueza.
Talvez o maior temor do governo e das grandes empresas seja não poder controlar justamente os meios de produção: se tudo passa por uma impressora 3D em uma garagem… e isso nos leva de novo à ideia da redistribuição da riqueza (mas não com os que sempre estiveram no comando).
Ainda existe certa resistência a este modelo. Esperamos que daqui a pouco os líderes e referenciais políticos reconheçam a grande contribuição que os “só entrepreneurs” fazem à economia regional e definam políticas de acordo para apoiar o talento independente.
Fontes:
http://www.forbes.com/sites/elainepofeldt/2015/03/25/whos-afraid-of-the-freelance-economy/
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