Sobre o que estão falando os melhores empregadores em plena Revolução 4.0?

Sobre o que estão falando os diretores e gestores das companhias de destaque? Quais são suas preocupações? Quanto sabem sobre as transformações que estão por vir? E como estão se preparando para viver esse novo panorama?

Hoje, te convidamos a conhecer o que pensam e dizem os melhores empregadores em plena Revolução 4.0 sobre propósito, liderança, diversidade nas equipes de trabalho e os desafios da transformação digital. Confira:

Há pouco tempo, tivemos o prazer de presenciar o Best Employers Talk da Forbes e fomos representados pelo nosso co-fundador Guillermo Bracciaforte. Além de colaborar com a organização do evento, também fomos convidados a participar, já que a Workana foi eleita uma das 30 startups de maior destaque e projeção na Argentina (Aplausos!).

Dessa vez, tivemos a oportunidade de representar essa agilidade característica das startups e compartilhar nossa visão e nosso compromisso com a transformação no mundo do trabalho.

(Imagem principal) Susana Bergero, Diretora de Operações de Naranja; Guillermo Bracciaforte, Co-fundador da Workana; Constanza Quiñones, Diretora de Recursos Humanos da SAP Argentina; Delfina Krüsemann, Jornalista e Editora de Forbes Argentina.

Defendendo essa flexibilidade e agilidade, escolhemos “quebrar” a ordem cronológica de tudo o que aconteceu durante o evento, para começar compartilhando uma frase impactante de Andrés Hatum, que nos convida a desmistificar o que está acontecendo nesta quarta revolução industrial:

Hoje em dia, somos convidados para reuniões que não nos deixam pensar. “Disfarçam” o escritório como se fosse um Jardim de infância Montessori. Nelas, temos LEGO, massinha, tarô, mindfulness, PNL, etc. Creio que, na verdade, muitas empresas têm medo de toda essa revolução que está acontecendo.” Andrés Hatum

A transformação é iminente e já está entre nós… O mundo do trabalho que nós conhecíamos vem mudando nos últimos anos, e quem não conseguir se readaptar também não poderá atualizar seus modelos de negócio e as formas de colocá-los em prática.

Cada vez mais companhias decidem assumir o desafio de se repensar e se remodelar em plena revolução 4.0. Logo, ficarão em desvantagem todos aqueles que não fomentarem outros tipos de organizações, incorporando as pessoas mais adequadas para alcançar seus objetivos, assim como quem não incluir todos os atores nesse processo de transformação: CEOs, gerentes, equipes internas e externas, etc.

Workana é a síntese de tudo isso que está acontecendo. Porque encontramos, na nossa própria existência e essência, os novos trabalhadores, as novas habilidades, os novos empregadores e as novas formas de conceber o trabalho.

“Criamos Workana pensando que as empresas possam acessá-la, publicar coisas que precisam realizar ou projetos que estão estancados porque a equipe interna sempre está super ocupada, e derivá-los a profissionais independentes, freelancers que estão dispostos a realizar esses trabalhos com suas habilidades.”

Guillermo Bracciaforte

Guillermo Bracciaforte, Co-fundador da Workana

Essas plataformas são uma tendência principalmente para as gerações que se sentem mais confortáveis com as novas formas de contratação. E as empresas enfrentam o enorme desafio de conseguir parecer atrativas”. Constanza Quiñones, Diretora de Recursos Humanos de SAP Argentina

Confira o painel completo no vídeo abaixo:

A seguir, você também pode assistir ao vídeo da Workana que foi apresentado no evento:

Como o que está acontecendo hoje facilita a existência da Workana?

A resposta está “escondida” na razão de ser do próprio evento! E a seguir, resumimos os quatro aspectos cruciais:

1- Propósito em primeiro lugar

Que tipo de propósito? O de explorar a ideia de propósito público e empresarial, de conectar os colaboradores com temáticas maiores, relevantes e inspiradoras. Focar não apenas no propósito organizacional, mas também nos propósitos individuais.

Tudo isso se traduz na escuta ativa. Propósitos individuais e pessoais que se fusionam com os organizacionais, sendo fundamental que ambos propósitos não se excluam nem se anulem nesse encontro.

Na Workana, a metade dos trabalhadores afirmou que decidiu adotar a modalidade freelancer porque já não se sentiam confortáveis nas organizações, perseguindo os típicos propósitos empresariais. Por outro lado, o trabalho independente permitiu que recuperassem o controle e a liberdade em suas vidas profissionais, além de administrar seus tempos e alinhar seus objetivos pessoais com os propósitos de cada projeto.

Melina Cao, Diretora de Recursos Humanos da Unilever; Belén Real, Diretora de Recursos Humanos da Danone, e Julia Domeniconi, Subsecretaria de Gestão de Recursos Humanos do Governo da Cidade de Buenos Aires

2- As novas qualidades de liderança

Estamos acostumados a escutar que os empregados não renunciam aos seus trabalhos, e sim aos seus chefes. Mas o que isso quer dizer? Qual é o raio-X de um bom líder?

Uma das aprendizagens mais importantes que resgatamos do painel “(Des)Construção de um bom líder” diz respeito justamente às qualidades fundamentais que os líderes devem possuir para enfrentar positivamente as mudanças que estão acontecendo e as que ainda chegarão.

Alejandra Fehrmann, VP GLobal Chief Marketing e Communications Officer de gA e Parabolt; Gonzalo Rossi, CEO Whalecom; Sergio Gonzalez Cid, Gerente de Gestão e Desenvolvimento Humano do Grupo BIND

De acordo com Alejandra Fehrmann, VP GLobal Chief Marketing e Communications Officer de gA e Parabolt, os bons líderes precisam nutrir qualidades como:

  • Empatia: a capacidade de se colocar no lugar e na pele do outro;
  • Curiosidade: para conseguir enxergar além do óbvio e evidente;
  • Coragem: para tomar decisões que nem sempre serão politicamente corretas, mas que podem resultar extremamente benéficas a longo prazo.

Já para Gonzalo Rossi, CEO Whalecom, é preciso enfatizar no autoconhecimento e na agilidade, nessa capacidade de reconhecer o panorama e o contexto no qual está inserido, aprender deles ao mesmo tempo que se mantém em constante evolução. Rossi também afirma que, muitas vezes, a liderança implica saber delegar tarefas, confiar e permitir que outra pessoa também possa liderar.

Para Sergio Gonzalez Cid, Gerente de Gestão e Desenvolvimento Humano do Grupo BIND, a “chave humana” da gestão do talento está em ter a coragem de não “pisar” no conhecimento e na flexibilidade, para conseguir estar atento à maturidade de cada panorama ou cenário que nos apresenta.

3- Escutar a diversidade das equipes

Em tempos nos quais o sucesso de um projeto e o ROI de uma companhia dependem, em boa parte, da qualidade das equipes que estão “por detrás” do trabalho, torna-se fundamental se esforçar para entender:

  • O que quer uma pessoa jovem, um millennial ou centennial?
  • Quais são os objetivos, desejos e sonhos da Geração X?
  • E os dos Baby Boomers?

Nesse sentido, Hatam afirma que “Não é tão difícil saber o que cada um espera”. Quando se decide colocar o foco nas pessoas, torna-se essencial conhecer a dispersão das expectativas. Nem todo mundo reage da mesma maneira aos mesmos estímulos ou incentivos. Assim como não necessariamente todos nós compartilhamos as mesmas preocupações.

Parte da Revolução Digital (que além da tecnologia, impacta principalmente nas formas e modelos que tomam as organizações) implica se questionar sobre: Qual(is) parte(s) das pessoas afeta(m) positiva e negativamente no trabalho de hoje? E que ferramentas, métodos e estratégias estão à nossa disposição para ajudar a potencializar talentos e administrar os pontos mais frágeis nas equipes ou no trabalho em si mesmo?

Andrés Hatum, Professor de Management e Organização na Universidade Torcuato Di Tella

Quais são os “pecados capitais” que uma organização não deve cometer se deseja ser uma best employer?

Agora, a pergunta que todos nós estamos fazendo é: O que nos transforma em um grande empregador? Existe uma receita? Para explicar um pouco melhor essa questão, ressaltamos 5 aspectos chave que Andrés Hatam elucidou perfeitamente em sua fala:

  1. Não mentir: ser consistente com a missão que é levada à ação. “Consistência é cuidar das pessoas em épocas de crise. O comportamento durante uma crise diz muito sobre uma empresa”.
  2. Gerenciar o talento: pois o talento vai aonde os talentos podem crescer. Mas não se trata somente de um “construa e eles virão”. É preciso ir muito além disso em plena era do talentismo e da inteligência artificial.
  3. Propiciar um bom ambiente de trabalho: onde seja possível perceber e viver os valores da organização.
  4. Ter bons chefes ajuda (e muito!): de fato, todo o resto pode se despedaçar sem a presença de um bom líder!
  5. Acabar com a separação entre trabalho e vida pessoal: e enfatiza ao afirmar que deveríamos eliminar de uma vez por todas essa segregação.

4- Que desafios as companhias enfrentam durante a Transformação Digital?

As empresas realmente são lentas na hora de se adaptar às novas mudanças? Na Workana, trabalhamos todos os dias com empresas que decidiram dar os primeiros passos rumo à transformação digital e com outras que já estão em estágios bem mais avançados.

Susana Bergero, Diretora de Operações de Naranja, compartilhou sua própria visão com base na experiência vivida pela companhia que representa. Seu foco esteve claramente na evolução, pois Naranja experimenta, desde 2017, um processo de transformação digital, o qual fez com que as equipes de trabalho mudassem internamente.

Liderar uma Transformação Digital não é contratar 10 engenheiros de software para que eles revolucionem a organização. A revolução deve começar pela mudança de mindset dos responsáveis por tomar decisões para que, em seguida, as coisas possam começar a acontecer. Quando se opta por um modelo Agile, é preciso ver uma plataforma de negócio como um ecossistema. E no início, isso pode ser um quebra-cabeça para todos nós que assumimos responsabilidades de liderança e direção.” Susana Bergero

Susana Bergero, Diretora de Operações de Naranja

“Para todos nós, o que a Workana faz se traduz em oportunidades de ampliar nossas capacidades. Quando uma organização foi concebida sob determinado paradigma e, agora, precisa migrar a um novo modelo, começa a imaginar vários cenários possíveis para viver esse processo e atravessar esse caminho. E saber deixar-se ajudar é fundamental.”

Susana Bergero

O Best Employers Talk fez ênfase nas equipes como centro do diálogo sobre o trabalho e isso foi extremamente positivo.

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