Estivemos presentes na 3ª Edição da Conferência Crowdsourcing no Brasil

Na semana passada, estivemos no Brasil, onde nos convidaram para palestrar na Conferência Crowdsourcing. Em evento muito bom, que reuniu palestrantes de diferentes partes do mundo (Brasil, Argentina, Estados Unidos, África do Sul e França, entre outros) e de muitas indústrias diferentes.

No nosso caso, falamos das habilidades que tanto clientes como profissionais devem aprender para começar a trabalhar por projetos e de maneira remota.Para clientes, é necessário aprender a pensar em projetos pontualmente, em vez de cargos de trabalho tradicionais (uma nova logo e imagem de marca para meu site versus chefe de design), como dividir as tarefas de um projeto de acordo com as habilidades requeridas e como avaliar profissionais de maneira remota, observando seu perfil, projetos realizados, testes completados e outros indicadores. Para profissionais, é essencial aprender a arte de fazer propostas completas, sabendo quais perguntas fazer para entender o que o cliente está procurando, e saber como manter uma relação com o cliente a longo prazo. Além disso, em ambos os casos, é fundamental estabelecer uma comunicação fluida, já que, por estarem distantes um do outro, devem poder transmitir as expectativas dos dois lados de forma clara. Como a Workana é um conceito de plataforma muito recebte, é lógico que todos precisamos aprender coisas novas e, para nós, é quase um imperativo dedicar muitos recursos à educação de nossos usuários.

Tomás na Conferência de Crowdsourcing

Os destacados

Como comentava anteriormente, o evento em geral estava muito bom, mas alguns cases em particular me agradaram muito. O da Lego, com seu programa Cuusoo, uma palavra japonesa que significa “desejo”. O que a Lego fez foi envolver seus usuários na sugestão de ideias para novos produtos. Essas ideias são logo avaliadas pela comunidade e as que recebem uma quantidade suficiente de votos são analisadas pela equipe da Lego. Caso uma ideia seja aceita e levada à produção, o usuário que sugeriu a ideia recebe 1% dos royalties de venda.

Outro case foi o da Victors & Spoils, uma agência digital organizada desde sua criação com talento freelance, em vez da estrutura tradicional de criativos e executivos de conta. Tiveram resultados incríveis unindo talentos ao redor do mundo, que levaram a campanhas muito revolucionárias. Isso chamou a atenção de Havas, um dos gigantes do mundo publicitário, que adquiriu a agência em 2012.

Mas o mais interessante do evento foi aproveitar para nos reunir com vários clientes e profissionais brasileiros da Workana. Já nos conhecíamos remotamente, mas poder conhecer todos em pessoa, passar tempo com eles, conversar, conhecer em detalhes seu negócio, como utilizam a Workana, de que coisas eles gostam na plataforma e que outras coisas temos que melhorar, foi valiosíssimo.

Embora a Workana tenha sido lançada como plataforma há mais de um ano, a versão em português é muito mais recente. Mas além disso, é certo que, em pouco tempo, cresceu muito rápido e, hoje, o Brasil se tornou o principal país do site, chegando a quase a metade do total de projetos publicados. Como sempre acontece, cada país tem suas particularidades locais e estas viagens nos servem muitíssimo para conhecê-las e ir adaptando o produto. O frio não nos amedrontou e pudemos tirar o máximo de nossa visita ao Brasil 🙂 (pegamos em São Paulo as temperaturas mais baixas dos últimos 10 anos, então ficamos encasacados como esquimós). Falando com nossos usuários, vimos alguns aspectos chave a melhorar. Por exemplo, o ponto em que estamos falhando e do qual muitos clientes reclamam é o de poder contar com parcelamento do pagamento, uma prática muito mais comum no Brasil do que no restante da América Latina. Este é somente um caso. Sabemos que ainda podemos melhorar em muitos outros aspectos (nossa lista de desenvolvimento é mais extensa do que todos os livros do Harry Potter!).

O Brasil promete 

O crescimento do Brasil nos últimos 30 anos é algo incrível de que todos já sabemos e, embora hoje pareça estar desacelerando, uma matéria da Exame anunciou que 11 milhões de pessoasse uniram às classes A e B, especialmente no interior do país. Pessoalmente falando, não deixo de me surpreender cada vez que viajo: o crescimento que conquistaram é algo admirável.

Voltaremos ao Brasil em duas semanas para a nova edição do evento The Next Web (no qual a Workana foi premiada como startup do ano em 2012) e, em breve, esperamos nos encontrar com mais membros da comunidade da Workana nesse país 🙂

Texto original de Tomas O’Farrell
Tradução e adaptação de Analuísa Bessa

Co-Founder de Workana. Amante incondicional do outsourcing, a soneca, e (agora que a gente é mais velha) da bicicleta.

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